sábado, 12 de janeiro de 2008

Sabem quando é que realmente descobrimos o valor de certas pessoas na nossa vida?É naquele momento em que há despedida, seja definitiva, seja temporária. Não digo no sentido clichê de “só deu valor quando perdeu”. Me refiro, por exemplo, a esse momento pré-viagem.

Só fico pensando nas saudades que vou sentir de meu pai, imagino se esse sentimento é recíproco, indago futuramente como vão ser as semanas sem ele.Realmente, só estar junto a alguém basta.Silêncio, conversa, briga, choro.Pelo menos estamos perto. Não estamos com medo de que algo possa acontecer. Nos sentimos, os filhos, os super protetores dos nossos pais. Comigo junto, não poderá acontecer nada de tão grave.

E eu estando ausente?Quem cuidará do meu pai?

Proteger...

É a obrigação saudável e gostosa de quem ama, de quem deve algo a alguém. De quem sempre pensa dever algo a esse alguém. De quem sempre quer dever algo a esse alguém. De quem sempre faz questão em dever algo a esse alguém. É esse dever que nos deixa feliz, que nos faz ter certeza de que nossa tarefa está sendo cumprida.É o amor, a obrigação não sufocante, aquela que nos dá prazer e nos faz feliz. Feliz principalmente por se sentir pleno e seguro de que sempre haverá algo em troca: amor com amor se paga, pode ser que de maneiras diferentes...Mas com certeza, se paga!